DOENÇAS
Doenças Neurológicas
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma emergência médica e pode ser tratada com eficiência caso o paciente seja rapidamente encaminhado a um hospital adequado.
É fundamental o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas, a realização de rápida avaliação neurológica e de um exame de imagem (tomografia ou ressonância magnética). Após a realização do exame de imagem é possível definir se o paciente está apresentando um AVC isquêmico ou hemorrágico.
O tratamento do AVC isquêmico, utilizado em todo o mundo há vários anos, pode ser feito com medicamento trombolítico administrado na veia do paciente. A função do medicamento é dissolver o coágulo sanguíneo que está entupindo a artéria cerebral e causando a isquemia. O tempo máximo ideal para início da aplicação do medicamento é de quatro horas e meia após os primeiros sintomas.
Controle
Mais complexo, o tratamento do AVC hemorrágico exige a entrada do paciente em uma unidade com capacidade de monitorização neurológica. Na unidade especializada é possível fazer o adequado controle da pressão arterial e de alterações do exame neurológico. Em alguns casos, pode haver a necessidade de uma neurocirurgia, o que obriga agilidade do hospital em promover uma rápida avaliação do neurocirurgião.
Tanto o AVC isquêmico quanto o hemorrágico necessitam de um rigoroso controle dos níveis de glicemia (açúcar no sangue) e prevenção de febre do paciente. Nestes casos, pode ser necessário administrar medicações para se chegar a um equilíbrio das funções desejáveis.
Alguns exames complementares auxiliam a identificar a causa do AVC mais precocemente. Os exames mais comuns são eletrocardiograma, ecocardiograma, ultrassom Dopler de carótidas, Doppler transcraniano e exames laboratoriais. Tais exames são comuns nas primeiras 48 horas após um AVC isquêmico.
Os principais tipos de doenças que afetam a memória são as degenerativas. Dentre elas estão a Doença de Alzheimer, a demência frontotemporal, a demência por Corpos de Lewy e a Doença de Parkinson. A demência vascular é a associada a insultos isquêmicos cerebrais, que podem ocorrer isoladamente ou em associação com a demência degenerativa, quando recebe a denominação de demência mista. Deficiências vitamínicas e abuso de álcool podem ser outras causas a serem consideradas para a perda da memória.
O Alzheimer é uma doença degenerativa que tem como principal sintoma a perda de memória. A enfermidade compromete as funções cerebrais, podendo provocar confusão de tempo e mudança de personalidade. Isso prejudica a manutenção de atividades corriqueiras como ir ao trabalho ou manter contato com parentes e amigos. No estágio mais avançado, pacientes enfrentam limitações físicas na capacidade de andar e até de engolir.
A quantidade necessária de horas de sono varia conforme a idade. Porém, sintomas frequentes como cansaço persistente, irritação, falta de atenção e queda de rendimento devem ser observados com atenção – podem ser indícios de distúrbios do sono. Em quadros mais graves os pacientes podem até apresentar doença cardiovascular e depressão.
A medicina reconhece três grandes grupos de distúrbios do sono:
– Insônias
– Sonolência excessiva
– Comportamentos anormais durante o sono
Cada vez mais surgem evidências científicas do impacto dos transtornos do sono em doenças cardiovasculares (casos da doença arterial coronariana, das arritmias e da hipertensão arterial), doenças metabólicas e endocrinológicas (como obesidade e alterações do crescimento), doenças neurológicas (dores, alterações cognitivas, epilepsia, déficit de atenção e AVC), doenças gastrientestinais (caso do refluxo gastroesofágico), psiquiátricas (transtorno afetivo bipolar, depressão e ansiedade), urológicas (noctúria), entre outras.
A evolução do conhecimento nessa área elevou a Medicina do Sono ao status de área de atuação da medicina no Brasil, que compreende uma vasta interface entre medicina interna (e suas várias especialidades) e neurociências. Hoje em dia existem no Brasil especialistas certificados nessa área de atuação.
Sintomas
As doenças do sono variam desde condições extremamente benignas e comuns como dificuldade transitória para se obter um sono de boa qualidade diante de situações de estresse excessivo (insônia aguda), até situações mais complexas como quadros graves de apneia do sono com impacto cardiovascular e metabólico, dentre outros.
Os principais sintomas relacionados aos transtornos do sono são o excesso de sonolência ou fadiga durante o dia como também o excesso de vigília ou alerta no período noturno.
Outras manifestações anormais envolvem comportamentos atípicos durante o período do sono, como as parassonias (sonambulismo, despertar confusional e terror noturno) ou ainda outros comportamentos anormais durante o período do sono, ou próximo a ele. Além disso, os transtornos do sono devem ser considerados sempre como agravantes em situações de doença de outra natureza.
Diagnóstico
Além da observação dos parentes em torno de nossas atitudes enquanto dormimos, há a polissonografia, exame que tem o papel de analisar o paciente enquanto dorme.
Uma noite de sono monitorada por eletrodos e sensores, em um laboratório especializado, é a maneira de observar qual o distúrbio. São acompanhados os movimentos dos olhos e pernas, a atividade elétrica cerebral, a respiração, o teor de oxigênio no sangue, entre outras avaliações.
As doenças neuromusculares incluem um grupo de enfermidades de etiologia hereditária ou adquirida, muitas vezes com caráter progressivo, que podem afetar os componentes do sistema nervoso periférico , responsável por conduzir as informações de movimento e sensibilidade através da medula espinal, dos nervos e músculos. O comprometimento dessas estruturas pode ocasionar doenças específicas, tais como:
- Doenças do neurônio motor, como exemplo a Esclerose Lateral Amiotrófica
- Radiculopatias
- Plexopatias
- Ganglionopatias
- Neuropatias periféricas
- Miastenia gravis
- Miopatias
As doenças neuromusculares são relativamente raras, mas quando somadas afetam um número expressivo de pacientes, com comprometimento significativo da qualidade de vida.
Podem se desenvolver em todas as etapas da vida humana: infância, adolescência, adultos e idosos, em ambos os sexos. Apesar de potencialmente incapacitantes, na maioria dos casos não afetam as aptidões intelectuais ou cognitivas dos seus portadores. Estes são diariamente confrontados com diversas dificuldades que, com o apoio de uma equipe multidisciplinar especializada, podem ser minimizadas.
Doença caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas, que se repetem a intervalos variáveis. Essas crises são as manifestações clínicas de uma descarga anormal de neurônios, que são as células que compõem o cérebro. A epilepsia é uma condição neurológica bastante comum, acometendo aproximadamente uma em cada 100 pessoas e pode ter diversas causas, que variam de acordo com o tipo de epilepsia e com a idade do paciente.
Em crianças, por exemplo, a anóxia neonatal (falta de oxigênio no cérebro durante o parto) e os erros inatos do metabolismo (alterações metabólicas que existem desde o nascimento) são causas frequentes de epilepsia. Em idosos, as doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral, ou AVC), bem como os tumores cerebrais, estão entre as causas mais frequentes.
Doença neurológica autoimune que provoca dificuldades motoras, problemas na fala, depressão, perda de sensibilidade, entre outros
Algumas doenças neurológicas são comuns na infância e na adolescência: meningites, encefalites, epilepsias, doenças do sono (sonambulismo, por exemplo), doenças musculares e dores de cabeça, entre outras. A Neuropediatria é o ramo da neurologia que estuda essas e outras doenças do desenvolvimento e maturação do sistema nervoso.
O atendimento é realizado em parceria com o pediatra da criança por entender que é fundamental a troca de experiências em busca da melhora do tratamento. O Instituto Neuros também incentiva a participação da família em todo o período do diagnóstico e tratamento.
A Doença de Parkinson provoca a degeneração do sistema nervoso central de maneira crônica e progressiva, causando a perda do controle motor do paciente. É causada pela diminuição intensa da produção de dopamina, que ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo. Sem essa substância, os músculos deixam de responder automaticamente aos comandos do cérebro. Os principais sintomas da doença são tremores, rigidez e lentidão dos movimentos, podendo levar o paciente a sofrer quedas frequentes e ter dificuldade em realizar atividades diárias como beber água ou caminhar.
Quando devo procurar o especialista?
A tontura pode ocorrer em diferentes variedades. Os neurologistas tratam esse sintoma de vertigem ou desequilíbrio – a vertigem faz você se sentir como se você ou as coisas ao seu redor estivessem girando e o desequilíbrio é a dificuldade em manter o equilíbrio.
Sabemos que esses sintomas são comuns, muitas vezes quando ficamos em uma posição de que corta a circulação sanguínea em determinado lugar do corpo, por exemplo. A questão é quando esse entorpecimento é contínuo, ocorre repentinamente e/ou apenas em um lado do corpo. Esses podem, até mesmo, ser sinais de esclerose múltipla, compressões nervosas ou até mesmo um derrame (acidente vascular cerebral), caso em que você precisa de ajuda rapidamente.
Súbitas contraturas involuntárias da musculatura, paradas comportamentais, movimentos involuntários em um segmento do carpo que se espalham ou intensificam que provocam movimentos desordenados, isto é, convulsões sem qualquer causa óbvia, devem ser examinadas por um neurologista.
Dificuldades repentinas de enxergar com perda total ou parcial da visão , assim como borramento, visão dupla e turvação podem ser causadas pelo sistema nervoso e são um sinal de que você precisa avaliar sua visão por um oftalmologista pode aconselhá-lo sobre se você deve consultar um neurologista ou até mesmo diretamente com neurologista carro seja relacionado à doença neurológica em acompanhamento.
Não estamos exigindo que você tenha uma “memória de elefante”, mas se de repente você começou a apresentar problemas extremos de memória e até mesmo alterações de personalidade, confusão e problemas de fala é necessário visitar o neurologista. Afinal, esses são sintomas que podem ser causados por distúrbios ou problemas no cérebro, coluna vertebral e nervos.
Conhecemos inúmeras causas óbvias para perder o sono na hora de dormir. Mas alguns problemas do sono são distúrbios neurológicos, como por exemplo a insônia, a narcolepsia que é uma desordem genética crônica sem causa conhecida que afeta o sistema nervoso.
Dificuldade para caminhar, tremores, movimentos não intencionais ou outras complicações do gênero podem ser sintomas de um problema no sistema nervoso. Se esses problemas de movimento interromperem suas tarefas diárias é hora de procurar um neurologista.
No caso de sentir fraqueza muscular que te afeta fortemente ou um rápido declínio na força muscular, especialmente nos braços e pernas, fique atento. Pode ser causado por uma condição mais grave do sistema nervoso.
Dor crônica é uma dor que dura meses ou até anos. Essa dor pode ser o resultado de uma doença ou lesão, mas quando dura mais que o tempo normal de recuperação, pode se tornar um sintoma de um problema diferente e muitas vezes necessita acompanhamento.
Dores de cabeça (do tipo enxaqueca ou tensional) podem ser causadas por muitas condições, mas quando os sintomas se tornam severos e contínuos – como intensas e persistentes, vômitos, alterações na visão, ou até convulsões – pode ser algo bastante preocupante. Se surgir repentinamente ou for agravada pela tensão, é interessante que você se encaminhe para uma consulta com um neurologista.